5 PRINCIPAIS DIFERENÇAS ENTRE FERTILIZANTES ORGÂNICOS E ADUBOS MINERAIS
19 de outubro de 2022
Tempo de leitura: 3 min
Quando se fala em alta produtividade da agricultura, a fertilidade do solo desempenha um papel fundamental, sendo necessário garantir que a área de plantio contenha os nutrientes essenciais para o crescimento, desenvolvimento e produção das plantas cultivadas.
No entanto, a colheita de safras subsequentes ou até mesmo processos naturais de volatilização, fixação ou lixiviação, fazem com que o solo perca quantidades significativas de nutrientes, exigindo uma reposição constante através da adubação.
Esse processo pode ser feito com diversos compostos, incluindo adubos minerais e fertilizantes orgânicos – produtos que se diferenciam em matérias-primas, formas de aplicação e outros aspectos que devem ser considerados no momento da escolha.
Ademais, via de regra, os fertilizantes orgânicos compostos também agem como condicionadores de solo, atuando sobre importantes propriedades fisicas, químicas e biológicas que agem diretamente sobre os principais processos de perdas dos nutrientes aplicados via fertilizantes minerais.
Fertilizantes orgânicos e fertilizantes minerais: entenda o que são
Cada cultura tem suas necessidades específicas, principalmente no que diz respeito ao solo e aos nutrientes que precisam estar presentes para um crescimento saudável. Justamente por isso existem tipos diferentes de adubos que respondem a essas necessidades.
O fertilizante orgânico composto, de acordo com Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – MAPA –, é um produto de natureza fundamentalmente orgânica, obtido por processo físico, químico, físico-químico ou bioquímico, natural ou controlado, a partir de matérias-primas de origem industrial, urbana ou rural.
Já o fertilizante mineral pode ter origem mineral natural ou ser produzido pela indústria química, também em processos físicos, químicos ou físico-químicos. Esses são produtos que combinam diversas formulações entre macro e micronutrientes e, de elevada solubilidade, eles disponibilizam os nutrientes rapidamente para as plantas.
Somente a origem não torna um produto melhor do que o outro. Além de entender qual é a necessidade do solo em relação a nutrição, uma adubação eficiente também passa por conhecer a fundo o que cada adubo pode oferecer à terra.
5 principais diferenças entre fertilizantes orgânicos e fertilizantes minerais
No que diz respeito a fertilizantes orgânicos e fertilizantes minerais, as principais diferenças vão se dar por meio de cinco aspectos. Veja:
1. Matérias-primas
Os fertilizantes orgânicos compostos são feitos a partir de matérias primas de origem vegetal ou animal, incluindo restos de alimentos, cinzas de caldeiras, materiais filtrantes agroindustriais, lodos de ETEs biológicas e outros tipos de resíduos não perigosos que são gerados em atividades industriais, urbanas e rurais.
Já o fertilizante mineral, como o próprio nome diz, tem uma composição predominante de minerais naturais, originados principalmente do potássio e do fosfato obtidos por meio da extração, ou ainda o nitrogênio que pode ser sintetizado em processos industriais com elevado consumo de energia.
2. Quantidade de NPK
Para crescer de maneira saudável, as plantas precisam de uma série de nutrientes, entre eles três se destacam pelas quantidades requeridas, os macronutrientes Nitrogênio, Fósforo e Potássio – conjunto conhecido como NPK.
Esses nutrientes são de origem mineral, portanto, é comum que os adubos dessa categoria tenham concentrações maiores das substâncias.
No entanto, embora os compostos orgânicos possuam percentuais reduzidos de NPK quando comparado às formulações minerais, o tipo de fertilizante a ser escolhido dependerá da condição do solo em relação às suas deficiências que precisam ser supridas. Isto porque, a principal contribuição dos fertilizantes orgânicos não é entregar somente macro e micronutrientes aos solos, mas sim a matéria orgânica com suas substâncias húmicas e na maioria das vezes, microrganismos em elevada densidade e diversidade.
3. Aplicação
A frequência de aplicação é uma característica importante na fertilização, mas que também apresenta diferenças quando se pensa no composto utilizado.
Por ser aplicado principalmente para melhorar a estrutura do solo e apresentar um baixo risco de danos às plantas, o fertilizante orgânico oferece uma flexibilidade maior para a adubação.
Por outro lado, o adubo mineral requer uma análise mais aprofundada da terra em laboratório antes de poder ser aplicado, a fim de detectar as deficiências específicas do local.
Isso se dá justamente pela concentração elevada de NPK que o produto tem. O Nitrogênio, o Fósforo e o Potássio atuam de forma direta e, se não for isso que o solo precisa, pode-se incorrer em custos desnecessários.
4. Técnicas de produção
Um outro fator que difere os fertilizantes orgânicos dos minerais são as técnicas adotadas para produção.
Os compostos orgânicos são feitos a partir da compostagem, um processo sustentável que vai de encontro à economia circular. Isso porque os resíduos industriais e agroindustriais que compõem as matérias primas dos fertilizantes, deixam de ser descartados em aterros sanitários e voltam ao ciclo produtivo em forma de composto.
Agora, no caso dos minerais, essa circularidade não existe. As matérias primas costumam vir da extração mineral ou refino de petróleo, portanto, recursos finitos
No entanto, é importante reconhecer a importância dos fertilizantes minerais para que se possa exaltar a contribuição que os fertilizantes orgânicos podem oferecer ao seu melhor aproveitamento e eficiência. Trata-se de produtos complementares, que podem propiciar maior eficiência na nutrição das plantas com economia de recursos.
5. Permanência no solo
Por fim, uma diferença importante entre os dois tipos de fertilizantes é o tempo de permanência no solo.
Graças ao seu grande poder residual, os fertilizantes orgânicos compostos ficam na terra por um período maior, gerando assim, uma nutrição eficaz com a liberação lenta dos macro e micronutrientes necessários à plantação. Já os adubos minerais se apresentam na forma solúvel. Com isso, apesar de seus nutrientes serem absorvidos pelas plantas com maior rapidez, eles também ficam mais expostos conhecidos processos de perdas como volatilização, fixação e ou lixiviação.
Embora haja diferenças, os fertilizantes orgânicos e fertilizantes minerais podem funcionar juntos?
Apesar de terem algumas especificidades distintas, os fertilizantes orgânicos e os minerais não precisam ser utilizados apenas de maneira isolada. Pelo contrário, são produtos que se complementam e sempre que possível devem ser utilizados em consorcio.
Além de oferecer macro e micronutrientes ao solo, os fertilizantes orgânicos são capazes de condicionar suas características físicas, químicas e biológicas, aumentando a eficiência no aproveitamento dos fertilizantes minerais. Ou seja, o produtor pode ter resultados ainda melhores em seu plantio combinando os dois tipos de fertilizantes.
Diversas pesquisas têm revelado que essa atuação conjunta se mostra ainda mais eficaz em um ambiente de solos tropicais, como é o caso do Brasil, onde a matéria orgânica é um componente essencial para a qualidade do solo.
Um estudo conduzido pelos pesquisadores científicos André Vitti e Raffaela Rossetto comparou a eficiência dos adubos minerais aplicados com e sem a complementação do fertilizante orgânico em um cultivo de cana-de-açúcar.
Os resultados mostraram que o composto orgânico foi capaz de aumentar a produtividade da cana em relação às áreas que receberam apenas a adubação mineral. Além disso, a altura, o diâmetro e o número de perfilhos das plantas também apresentaram médias mais altas onde os dois fertilizantes foram aplicados.
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Garantir o uso de produtos de qualidade também faz toda diferença para aproveitar todas as suas vantagens, aumentar a produtividade e implementar esta estratégia de adubação complementar com adubos orgânicos e minerais.
Por isso, a Tera Nutrição Vegetal combina matérias-primas orgânicas e processos tecnológicos para produzir fertilizantes orgânicos compostos ricos em nutrientes que podem beneficiar grandes culturas e projetos paisagísticos.
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